terça-feira, 10 de março de 2015

Mês da Mulher


"PARA MIM, A CRIAÇÃO DE UMA MENINA FORTE COMEÇA AINDA NA INFÂNCIA: MOSTRANDO QUE ELA NÃO É MENOS (NEM MAIS) POR SER MULHER".
Desde que eu era pequenininha, eu olhava para minha mãe e a considerava uma super-heroína. Eu admirava sua força, determinação e imaginava se um dia conseguiria ser como ela. Costumo dizer que venho de uma família de mulheres fortes: minha bisavó - numa época em que mulher alguma ousava trabalhar fora - tinha uma profissão e ganhava o seu dinheirinho. O mesmo aconteceu com minha avó, que se tornou viúva muito cedo e, a duras penas, teve de se tornar o arrimo da família. Esses foram os exemplos que minha mãe seguiu e acabou crescendo com o mesmo perfil. Se hoje posso dizer que me sinto uma mulher decidida, que corre atrás de seus sonhos, eu devo muito a elas.
E não adianta mostrar isso apenas às nossas filhas - também temos que ensinar os meninos! Para que eles aprendem a respeitar o sexo oposto e, ainda, para que no futuro não se sintam perdidos, sem saber como lidar com mulheres que não aceitam mais o papel de submissão (e que esperam dos homens o parceiro que as acompanhará em todas as esferas de suas vidas - inclusive nas tarefas da casa e nos cuidados com os filhos).
Talvez você esteja se perguntando: "mas como fazer isso? Falar é fácil, difícil é fazer". E a minha resposta é: derrubando os muros que separam o mundinho cor-de-rosa das meninas e o azul dos meninos. Podemos começar deixando que nossos filhos brinquem de cozinhar (não seria ótimo uma geração de homens que sabem preparar o jantar?), enquanto nossas filhas brincam de construir (porque a pequena pode querer ser uma engenheira - e das melhores!). Podemos solicitar de um filho e de uma filha a mesma ajuda para arrumar a mesa, lavar a louça ou fazer suas camas. Podemos dar as mesmas condições a eles - ou só porque é menino pode ganhar um carro quando completa 18 anos, enquanto a irmã recebe um sonoro "não"?
Com isso, não estou querendo dizer que meninos e meninas são iguais (porque, obviamente, não são). Nem que meninas precisam perder sua feminilidade para que se tornem fortes. Apenas acredito em um mundo onde as diferenças são respeitadas e no qual haja, de fato, colaboração entre gêneros - e não competição!
Nós, mães e pais, podemos ajudar nessa mudança. Eliminando nossos próprios preconceitos e permitido que meninos e meninas cresçam em um único mundo - mais compreensivo, mas colaborativo e feliz. Que tal começarmos nesse exato momento?
Escrito por Nivea Salgado
Fonte: www.bebe.abril.com.br